quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Em vésperas dos 31

Quase, quase a entrar na quarta década da minha existência, dou por mim a reflectir no que era, fui e no que sou hoje e noto sem dúvida uma grande evolução em mim, enquanto ser social. 
A primeira década (0 aos 10) é das que tenho menos memória, mas mesmo assim consigo ver-me lá longe na cadeira da escola primária a ouvir a professora a explicar a matéria e eu timidamente respondia, apenas, ao que me era perguntado directamente. Não era propriamente envergonhada,  mas deixava-me estar quietinha no meu cantinho sem dar muito nas vistas e sem ser muito notada pelos outros. 
A segunda década (10 aos 20), marca sem dúvida a vida de qualquer pessoa e comigo não seria diferente, durante este período de tempo lembro-me da minha vontade de ser completamente invisível na escola, da minha vontade que ninguém me visse, ninguém me perguntasse fosse o que fosse, aqui sim posso dizer que a vergonha e a timidez tomou conta de mim e dominavam-me o tempo todo, apenas me libertava um pouco entre amigos ou em casa com a família e mesmo assim de uma forma muito reservada, não sei se por ser adolescente, se por ser de facto uma das minhas características. 
Vinte anos depois de ter nascido entro na minha terceira década de vida, hoje ao olhar para traz e ver a minha própria vida como se de um livro se tratasse vejo que foi durante esta década (20 aos 30) que mudei, me transformei mulher, cresci e aprendi com os meus erros, hoje faria de tudo para não errar novamente, mas tenho consciência que foram esses erros que me "ensinaram" a ser quem sou hoje. E quem sou, hoje, afinal? Sou sem dúvida uma mulher mais madura, com os pés mais assentes na terra (embora ainda me permita sonhar um pouco e distanciar-me da realidade mesmo que por breves minutos),deixei para traz aquela criatura acanhada e envergonhada que tudo fazia para não ser notada, não que hoje faça o contrário, não! Continuo a primar pela descrição, mas hoje não tenho medo algum de que me vejam e que notem a minha presença, não sou de todo a menina que timidamente respondia apenas quando a pergunta era dirigida a si, hoje falo e exponho o meu ponto de vista mesmo que ao olhos dos outros pareça ridícula ou sem sentido, hoje não tenho qualquer receio de me afirmar e dizer o que penso é isto e como tal é isto que eu defendo. Sou mais confiante de mim mesma, acredito mais nas minhas próprias capacidades, sinto-me mais segura de mim e do que faço. Hoje sei quais as minhas verdadeiras capacidades e não tenho qualquer medo ou pudor em manifestar as minhas ideias, em por em prática os meus ideais. Hoje vejo que a mudança é possível, para isso basta força de vontade e não ter medo de o fazer, hoje vejo que ter mudado, ter me tornado mais senhora de mim foi sem dúvida o melhor progresso que fiz ao longo da vida. Se fez de mim melhor pessoa? Não sei! Mas fez de mim uma pessoa mais consciente de si mesma, mais confiante em si própria e mais certa de que é capaz e que nada nem ninguém tem a capacidade de dizer que não faço ou não chego a meta a que me propus, hoje sei que se eu quiser e estiver determinada consigo alcançar os meus objetivos e lutar com todas as forças pelos meus sonhos. 
Se à  dez/vinte anos o meu lema era, não me vejam que eu também não os quero ver, hoje o meu lema transformou-se passou a ser: Olhem para mim, eu estou cá e sou capaz de ir mais longe, sei-o e ponho-o em prática constantemente. 
Se a vida fosse uma montanha russa, diria que iniciei a vida na zona em que andamos baixinhos perto do chão, sem arriscar um milímetro que fosse com medo da possível queda, hoje estou sem dúvida na zona mais alta da montanha com vontade de me atirar de cabeça e arriscar todas as fichas que tenho, se posso perder tudo? Posso, mas se não arriscar também nunca vou saber se consigo ganhar. Se ainda tenho alguns receios, sim tenho, mas sinto-me mais capaz de arriscar e correr riscos.





Hoje, ao abrir o livro destas três décadas, vejo de que forma me transformei e sinto-me muito orgulhosa de o ter feito!! 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Farta disto!!!

Estou cansada,
Cansada do julgamento alheio.
Cansada daqueles que apontam o dedo sem sequer tentarem colocar-se no lugar do outro.
Farta de uma sociedade, tão puta, que julga os outros sem perceber as suas razões, os seu motivos.
Farta de pessoas que magoam os outros, só porque sim, como se lhes desse um prazer extra ver que estão a magoar alguém com os seus julgamentos.
Até quando será assim?
Até quando vou conseguir ser forte e não me deixar cair?
Sinto-me cansada!!!


E se fossem todos para o raio que os parta e a dita cuja que vos pariu??? Vão se foder, sim? Agradecida!