quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Emoção/Saudade, pela boca de uma criança.

Como já vem sendo um hábito, nesta altura das férias escolares da I. costumo leva-la à escolinha dela (Jardim de Infância) para (re)ver a professora L., professora que ela adora, mas que pela lógica da vida deixou de estar tão presente na vida da I. 
Lá fomos, a I. de ramo na mão e com o coração acelerado com a ideia de voltar à escolinha, dela, à professora L., dela, à R. e à J., dela. Ao lugar que foi é dela.
(Eu própria tive direito a um (re)encontro com a minha professora da primária, pessoa que me marcou muito e por quem nutro grande carinho, mas isso seria outro post.)
A I. entrou, lá foi ver, abraçar e dar beijinhos a quem a acompanhou durante dois anos da sua, ainda curta, vida. A emoção nos olhos da professora L, da R. e da J. era visível, uma das meninas delas, voltava ali para as ver, para estar um bocadinho com elas. Dois dedos de conversa, desejos de um feliz natal e umas boas entradas no novo ano, a promessa de lá voltar quando assim for possível e lá regressamos a casa. 

Chegamos a casa e perguntei-lhe se tinha gostado de ir à escolinha dela. 
Ela: Gostei. Mas sabes, apetecia-me chorar, só não chorei por vergonha. 
Ao que eu perguntei: Porquê?
Ela: Não sei, gostei de as ver e apeteceu-me chorar. 



É esta a definição de emoção/saudade pela voz de uma criança. Criança que se apega muito às pessoas e que sente verdadeiramente saudades daqueles que a acarinham e que lhe dão colinho, ainda que não o saiba verbalizar como saudade. 


E eu que ando uma chorona de primeira, lá fiquei de quitéria no canto do olho nos (re)encontros do dia e depois deste diálogo com a minha I.

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